Blog
  • Agronegócio
  • Restrições a CRIs, CRAs e CDCAs para companhias fechadas: Resolução...
Voltar para o ínicio
Navegue por tópicos
    Compartilhe via:
    Categorias
    Banner
    Navegue por tópicos
      Agronegócio

      Restrições a CRIs, CRAs e CDCAs para companhias fechadas: Resolução CMN nº 5.212

      • 18 jun, 2025
      • Tempo de leitura: 4 mins
      • Última atualização: 18 jun às 03:52
      Foto do autor
      Equipe CBRDoc

      Em 22 de maio de 2025, o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicou a Resolução nº 5.212, alterando profundamente o mercado de securitização de créditos. 

      Na prática, companhias cujo objeto social não esteja inequivocamente vinculado a setores isentos (agronegócio e mercado imobiliário) devem revisar com urgência sua estratégia de captação via CRIs, CRAs e CDCAs. 

      Com menos emissores qualificados, o mercado secundário também pode se retrair, impactando a liquidez desses papéis e elevando o custo de capital — especialmente em um cenário de juros ainda elevados e seletividade crescente dos investidores institucionais.

      Mais do que uma mudança operacional, trata-se de uma redefinição no perfil de emissores elegíveis, com potencial de restringir drasticamente o acesso ao mercado de capitais por parte de empresas não especializadas. 

      Isso exige não apenas adequações contratuais e estruturais, mas também o fortalecimento dos mecanismos de governança e compliance, sob pena de exclusão de ofertas e perda de competitividade.

      Por exemplo, muitos emissores de CRAs com estruturas híbridas — como cooperativas de distribuição, empresas de insumos ou de logística rural — agora enfrentam o desafio de comprovar que sua atividade-fim se enquadra dentro do conceito de agronegócio.

      De acordo com a Resolução CMN nº 5.212/2025, apenas serão considerados elegíveis os emissores cujo setor principal de atividade represente, comprovadamente, ao menos dois terços da receita operacional bruta consolidada da companhia, conforme classificação do CNAE e contrato social vigente.

      Sem esse alinhamento documental explícito, o risco de desclassificação da oferta aumenta exponencialmente. Isso exige revisão imediata de documentos constitutivos, preparação de dossiês robustos e suporte técnico para evitar atrasos ou até cancelamentos de captação.

      Impactos diretos para bancos, empresas e investidores

      Instituições financeiras e bancas jurídicas

      Departamentos de crédito estruturado veem o volume de operações elegíveis diminuir, exigindo mais critério na originação. Alternativas como debêntures e FIDCs ganham espaço, mas com spreads mais altos e maior complexidade regulatória.

      Empresas emissoras

      Para emissores, a regulação funciona como um “despertar para a governança”. O ajuste no contrato social e o fortalecimento do lastro passam a ser condições essenciais para não perder o timing de mercado.

      Investidores institucionais e pessoas físicas

      Com o cardápio de ativos mais restrito, é natural que o apetite por papéis com benefícios fiscais sofra impacto. Em 2024, os CRIs somaram R$ 83,02 bi (+32,5%) e os CRAs R$ 115,08 bi (+23,7%). Para manter esse ritmo, será preciso repensar canais e emissores.

      Compliance documental: o novo desafio silencioso

      Empresas que captam com fundos estrangeiros ou bancos internacionais sentem ainda mais pressão. A Securitisation Regulation da UE exige “risk retention” e disclosure minucioso, incluindo laudos de performance e cópias de garantias. Mesmo para operações locais, a exigência de controles documentais salta de patamar.

      Documentos essenciais para emissão de CRIs, CRAs e CDCAs

      • Contrato Social e Alterações Contratuais: averbadas e atualizadas
      • Certidões Negativas (CNDs): PGFN, INSS, estaduais e municipais
      • Comprovação de Objeto Social (CNAE): essencial para IR-free
      • Demonstrações Contábeis Auditadas: com assinatura digital
      • Laudo de Avaliação dos Recebíveis: valor e qualidade do fluxo
      • Instrumento de Cessão de Recebíveis: com cláusulas obrigatórias
      • Garantias e Registros Imobiliários: matrícula, CAR/CCIR
      • Licenças Ambientais e Operacionais: atualizadas e válidas
      • Certidão do FGTS e Regularidade Trabalhista
      • Comprovante de Inscrição e Situação Cadastral (CNPJ)

      Como a CBRdoc atua na burocracia?

      A CBRdoc integra toda a jornada documental em uma única plataforma. Isso inclui:

      • Coleta automática de certidões e contratos
      • Checagem de divergências fundiárias e ambientais via IA
      • Alertas inteligentes antes do vencimento de documentos
      • Geração de dossiê pronto para submissão a agentes fiduciários
      • Módulo de controle e coleta de assinaturas no formato ICP-Brasil

      Evite complicações por falta de preparação regulatória, fale com quem entende de compliance documental. 

      A CBRdoc já estruturou centenas de operações com pendência documental. Descubra como tornar a conformidade um diferencial competitivo.

      Deixe um comentário

      O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      Compartilhe esse artigo

      Navegue por categoria

      Newsletter

      Newsletter

      Receba em primeira mão as novidades.

      Icone

      Transforme a burocracia em eficiência: agilize seus processos e libere mais tempo para o que realmente importa.

      Fale com a gente